Photobucket Photobucket Photobucket

29 setembro 2009

O Sibilo da Serpente Cap.14


O caminho foi feito em completo silencio, as únicas coisas que eram ouvidas, alem do passos irritantes de Snape, era o som dos alunos saindo do caminho. Ao chegarem a torre da Grifinória, Harry tomou a frente e disse: Madressilvas Cantantes. A porta se abriu.

Harry já ia se adiantando quando uma mão o fez parar – Potter, você fica. – era a voz de Snape, mas sem a costumeira arrogância, havia uma nota diferente em sua voz, preocupação talvez.

Dumbledore olhou pra ele, como lhe encorajando a ir na frente, ele sabia que Severo estava muito mais preparado para administrar a situação do que ele . Não que não confiasse mais em si mesmo, mas mediante as circunstancias achou que essa atitude fosse a mais razoável a ser tomada.

Aqueles degraus envoltos em carpete vermelho não pareciam querer acabar. Enfim quando Snape chegou à porta e ia escancará-la, Dumbledore se adiantou e bateu primeiro.

- Isso é um dormitório feminino, seria de péssimo gosto você ver suas alunas grifinórias em roupas de baixo – e o velho deu um sorriso.

A única coisa que Severo conseguiu pensar foi “Velho caduco”.

Ninguém respondeu as batidas e por fim eles entraram, todas as camas estavam devidamente organizadas e limpas, a claridade do ambiente fez com que as pupilas de Snape se contraíssem. Mas uma cama fugia do padrão.

A segunda cama a direita era a única que ainda estava envolta em cortinas de ambos os lados, era a cama dela.

O professor de poções se aproximou devagar e abriu um dos lados, Dumbledore estava mais atrás quando ouviu – Incendio – ele se adiantou até onde Snape estava e antes que perguntasse alguma coisa o outro lhe respondeu – Cartinha da mamãe – o velho simplesmente suspirou e massageou a ponta do nariz, quando ia perguntar a Snape o que estava escrito na carta, viu que o mesmo olhava continuamente para Hermione e, quando olhou pra moça notou umas coisas diferentes, pequenas coisas, mas que juntas faziam uma grande diferença.

Conjurou uma capa de invisibilidade de seu escritório. – A cubra. – e depois que Snape envolveu a moça na capa Dumbledore fez uma aceno de varinha e passou a impressão que estava levitando alguma coisa, e saiu porta afora com Severo Snape em seu encalço.

- Onde? – perguntou com voz de tédio.

- Seus aposentos. – o outro somente podia concordar.

Usaram a rede de flú da torre, deixando um Harry Potter confuso pra trás. Será que eles não haviam achado Hermione? Sem pensar ele disparou na subida do dormitório, até a escada virar uma rampa muito íngreme e ele levar um tombão...

OooOooO

Antes de mais nada, Dumbledore depositou Hermione na cama de Snape, e com alguns feitiços verificou o estado de saúde dela e viu que o estado dela se assemelhava muito a um coma, mas não chegava a tanto, a qualquer momento ela poderia acordar.

- Alvo, você vai contar para ela hoje? – uma garrafa de Firewhisk havia sido aberta.

- Se eu fosse você, não começaria a beber – ele se sentou – Me parece que havíamos chegado a uma conclusão de que quem conversaria com ela seria você Severo.

- E eu ainda acho que não sou a pessoa mais indicada para o caso – disse o homem massageando suas têmporas.

- Você vive no meio deles Severo, e embora eu saiba tudo que Voldemort é capaz de fazer, não sou capaz de orientá-la como agir na presença dele, você está melhor preparado para isso, você é uma criatura das trevas meu filho não se esqueça disso.

- Ela é tão pura Alvo, tão inocente, não quero que ela tenha de enfrentar as mesmas coisas que eu enfrentei, tenho medo por ela... – seus olhos se tornaram frios.

Um leve gemido foi ouvido, alguém parecia estar com dor.

- Me parece que ela está acordando, vou para minha sala, não quero que ela se sinta constrangida na minha presença...

- E você sinceramente acha que eu sou a companhia mais agradável do mundo é?

- Sinceramente meu filho, eu sou diretor desta escola, e nada constrange mais um aluno do que a presença de seu diretor – um esboço de sorriso passou pelo rosto do homem de longos cabelos prateados – E se você parasse de se preocupar em afastar todos de si, iria enxergar que muitas pessoas te admiram.

Snape bufou, Dumbledore foi embora, Hermione acordou.

OooOooO

Ela se acomodou em uma das poltronas enquanto Vlad lhe explicava tudo, ela não queria acreditar que bruxos tinham uma escola pra ensinar magia, e que esse velho maluco o tal de Slytherin, tinha brigado com seus amigos e resolveu matar todo mundo.

- Fahrah, nós não somos bruxos, tampouco humanos, mas somos seres mágicos, a magia corre em nossas veias, e podemos realizar todas as coisas que os bruxos fazem e para isso só nos basta aprender aquilo que eles sabem. – ele bebericou o vinho que estava na sua frente – Por isso eu decidi que você deve tomar aulas de magia e ganhar uma varinha, quase todo vampiro tem a sua, é contra a lei dos bruxos, mas é necessário.

Ele caminhou até uma prateleira, pegou um livro e o abriu, não haviam paginas e sim alguma coisa enrolada em um pano preto, ele entregou o embrulho na mão de Fahrah e pediu que ela o abrisse. Ela abriu, e viu o que tinha dentro. Uma varinha. Ela a pegou e sentiu dor, uma agonia tão profunda que ia de sua mão direita até sua cabeça, ela viu cenas, ouviu vozes, viu rostos, ela sabia encantamentos, ela conhecia lugares, ela tinha poder.

Vlad assistia tudo aquilo assustado. Teria a varinha feito algum mal a ela? As contrações haviam parado, tudo que restou foi um leve tremor na mão direita, a mão da varinha. Ela passou a mão pelos cabelos e levantou o rosto, só deu tempo de Vlad reparar que os olhos de Fahrah, outrora azuis, se tornaram negros.

- Minha mãe, mestiço imundo! – ela cuspiu as palavras na cara dele, com um ódio incrível, mas com uma calma inabalável, sua varinha estava apontada pro peito dele. – A-g-o-r-a.

Ele mal conseguia falar tamanha sua surpresa. – Eu ia te falar, não foi culpa minha eu tentei...

- Legilimens! – Então ela viu a mãe dela foi atacada por vampiros, havia uns vinte deles, eles não estavam interessados em morder, mas sim em comer. Eles arrancavam pedaços do carne daquela senhora e ela chamava por sua filha... Ele viu, mas não fez nada e foi até ela pra convencê-la a ser mordida, ele já sabia que sua mãe estava morta. – Crucio!

O vampiro sem defesa alguma caiu no chão se contorcendo de dor, quando ela cansou, parou o feitiço e enquanto o vampiro se esforçava pra se levantar, ela falou - Obrigada Vladslav das montanhas, graças a você não serei somente uma filha bastarda. – ela estava saindo quanto ele fez menção de perguntar o que aquilo queria dizer, mas na porta ela parou e um jorro de luz verde saiu de sua varinha. Vlad caíra realmente morto no chão. Olhou de relance para o rosto de Slytherin talhado em pedra e deu um sorriso frio. Agora ela tinha um reinado pra governar.

0 comentários: