October por Bella Black Snape Sumario:A missão não foi dada pra mim, mas vi, gostei e decidi cumprir... qual a missão? Salvar nosso Severo é claro!!! Disclaimer:Embora seja difícil, acredite, o mundo de Harry Potter não me pertence, afinal se o mundo de Harry Potter me pertencesse, com certeza seria tudo diferente, e pra começar não teria o instinto assassino que a J.K. tem, e certamente não traumatizaria uma criança com o nome de Albus Severus, é ridículo!!!! OooOooO Um lampejo passou pela mente dele, se lembrou do feitiço dos quatro pontos que usou na ultima tarefa do torneio tribruxo, recitou o encantamento e pediu a varinha que mostrasse a direção onde estava Hermione. Essa atitude foi com certeza mais sensata do que se arriscar para paralisar o salgueiro lutador outra vez. Como ele havia previsto a varinha não apontou em direção à casa dos gritos, mas sim para o outro lado de Hogsmead. Sem pensar mais, ele convocou sua vassoura do seu dormitório e a montou, partindo em disparada para o local indicado. OooOooO Hermione havia parado de chorar, parece que suas lagrimas haviam esgotado, com muito esforço eles estavam conseguindo diminuir a hemorragia, mas não estancá-la totalmente. Pelo que parecia o cicatrizante não fez efeito e Snape não ficou mais consciente, o pulso dele permanecia fraco, juntamente com sua respiração. Hermione e o Sr. Dumbledore já não se falavam mais, o clima estava muito tenso pra isso, a cabeça dela trabalhava febrilmente, como ela podia estar apaixonada cegamente por um homem que era tão vil, tão cruel? Ele havia matado o Professor Dumbledore, um homem bondoso e amável, o qual considerava Snape como próprio filho, como ele pode fazer isso? – Por quê? – ela suspirou e abaixou a cabeça. - Srta. Granger, por enquanto não tem nada que possamos fazer em relação a ele, e eu acho que já está na hora de termos aquela conversa que eu prometi à senhorita. - Que conversa? -Sobre o Sr. Snape ser o melhor amigo de meu falecido irmão. – Hermione ia protestar, mas Aberforth fez sinal para ela se calar – Eu entendo a sua confusão e suas duvidas com relação isso que estou lhe dizendo, mas meu irmão não era um velho caduco como muitos dizem, ele fez tudo isso por um bem maior. – Hermione olhava o senhor a sua frente demonstrando compreensão, apesar de não entender aonde ele iria chegar com essa conversa. - Acredito que a essa altura seu amigo Potter já saiba que Severo Snape matou meu irmão a mando dele mesmo. – e dizendo isso Hermione levantou com um pulo da beirada da cama onde Snape repousava. - Isso é um absurdo! Impossível Dumbledore ter encomendado sua morte! - Absurdo sim, mas impossível não. – e com a cabeça baixa o homem continuou. – Tudo que meu irmão queria era o bem maior, pra ganharmos essa guerra ele se sacrificou, e tenho que admitir, sacrificou Snape também. – Hermione não entendeu. – Srta. Granger a senhora conseguiria matar ele? – e dizendo isso indicou Snape com a cabeça. - Nunca – ela sussurrou. - Isso é porque a Srta. o ama. – ela ruborizou violentamente – Pois então, foi isso que Snape teve que fazer, teve que matar uma pessoa que amava muito, tudo pelo bem maior, e ainda ser visto como um assassino cruel, sem ter ao menos o direito de visitar o tumulo de meu irmão para prestar uma homenagem sequer. - Ninguém no mundo deveria passar por isso. Sabe Sr. Dumbledore, eu não sei ao certo o que pensar. Graças a Deus eu consegui tirá-lo de lá com vida. - Sim, isso prova que a Srta. tem uma grande intuição. – um esboço de sorriso passou pelo rosto de Hermione. - Sabe, eu nunca acreditei nessas coisas, mas a partir de agora não vou mais duvidar. – ela olhou para Severo – Porque essa ferida não quer cicatrizar? – ela falou mais para si mesma do que para a outra pessoa presente no quarto. - Creio que essa cobra seja uma cobra mágica, pois pelo fato dela ser uma das horcruxes de Você-Sabe-Quem haja magia negra nessa ferida. - O senhor sabe das horcruxes? – ela não entendeu como um assunto tão particular foi parar nos ouvidos de um homem que muitos achavam de caráter duvidoso. - Eu sei de muita coisa Srta. Granger. Com certeza mais do que a Srta. imagina. “Então ela não vai fechar nunca...” ela pensou com pesar. Quando aquilo começara? Ela não sabia precisar. Mas ela só tinha uma certeza, se Severo Snape morresse ela iria com ele, mesmo que seu corpo continuasse sobre a terra, ela nunca mais iria continuar a sorrir, nunca mais teria a essência da vida dentro de si. Mentalmente ela repassava os momentos pelos quais Snape passou na sua vida. Eram tão poucos, poucos mas valiosos, as aulas de poções nas quais ela a humilhava, as reuniões na sede da ordem onde ele debochava dela e principalmente as rondas noturnas onde ele fingia que ela não existia. Quem olhasse de fora com certeza diria que ele era um monstro, mas ela duvidava muito que não iria sorrir caso ele acordasse e ralhasse com ela. Tudo que ela queria era que ele ficasse vivo para que ela pudesse expressar seus sentimentos. E tudo que Hermione Granger, Hermione Granger consegue ( como ela ainda não sabia, na verdade ela acabara de pensar assim naquela hora ). Ela riu de si mesma, tantas perdas, ela não iria agüentar outra tão forte, quanto mais agora que ela sabia que ele era inocente. Constantly ignoring, Constantemente ignorando A dor me consome Mas dessa vez o corte é muito profundo Eu nunca serei enganado de novo Seus olhos começaram a marejar novamente enquanto ela estudava o rosto na sua frente, ele aparentava tudo menos tranqüilidade, ela pensou em como ele deveria estar sofrendo. Pegou-se lembrando que ele lhe chamara de Hermione e que não tinha tentado lhe afastar e, apesar dele estar morrendo, continuava a ser orgulhoso e dificilmente aceitaria sua ajuda em qualquer situação. - Hermione! – uma voz conhecida lhe chamava ao longe. – Hermione! Harry? Sim só poderia ser ele, mas o que ele estaria fazendo ali? Ela correu até a janela e respondeu – Harry! Estou aqui Harry! – o vulto preto virou na sua direção e como um borrão passou pela janela, nem um minuto depois ela ouviu o barulho da porta batendo. Abehrforth somente observava enquanto um esbaforido Harry Potter escancarava a porta. Sem perder tempo, Hermione se atira nos braços do amigo soluçando – Harry ele está morrendo, eu não sei o que fazer! Ele é inocente Harry, ele merece ajuda! Ela se afastou um pouco dele então ele pôde ver a situação de Hermione, no lugar dos costumeiros olhos castanhos claros, haviam duas bolas vermelhas, seu rosto estava inchado de tanto chorar, seus cabelos estavam desgrenhados, suas vestes sujas de sangue. – Vai ficar tudo bem. – ele deu um beijo na bochecha da amiga e se dirigiu a Snape. Agora ele compreendia o desespero de Hermione. O homem deitado na cama estava branco como neve, com o cabelos e o rosto quase que afogados em sangue, em cima de um lençol muito vermelho... “ Certamente não é do tecido” ele pensou. Duas feridas estava dispostas em seu pescoço, uma ao lado da outra, tinham um aspecto horrível, ele nunca tinha visto algo assim. Ele pegou o vidrinho que estava dentro de suas vestes, e destampou. - Mione, ponha nas feridas. – ele sabia que não ia conseguir fazer aquilo. Ela colocou cuidadosamente uma gota em cada buraco, e logo que o conteúdo do frasco fez contato com a pele, ela foi se fechando devagar, acabando com a hemorragia externa. – Como você conseguiu isso? – ela quase sorriu. – No escritório de Dumbledore, debaixo do poleiro da Fawkes. - Muito obrigada Harry. Ela se sentou do lado de Snape, conjurou um pano molhado e se pôs a limpar o rosto dele. Ela pensou que ele não gostaria de um rosto ensopado de sangue quando acordasse, mas ele não acordou. - Ele deve estar com hemorragia interna. – desde que chegara foi a primeira vez que Harry escutou o homem falar. – Eu sei não é costumeiro dar lagrimas de fênix para beber, mas nesse caso creio que será preciso, se ele não acordar depois disso, ele não acordará mais. – ele disse com um leve temor no olhar. – Sr. Potter, creio que precisamos conversar e com isso ele tirou Harry do quarto, deixando Hermione com a responsabilidade de enfrentar sozinha quaisquer reação que Snape tivesse. Ao chegar na porta do aposento Harry olhou pra trás como que encorajando a amiga a tomar a decisão correta. E a porta se fechou. Ela já estava sentada na beirada da cama, só chegou um pouco pra trás e colocou a cabeça de Snape no seu colo com cuidado e, fez como havia feito para administrar as poções, abriu a boca dele o máximo que pode, e massageou a garganta tentando ativar os reflexos que eram necessários para ele engolir. Ela deixou a cama e se ajoelhou do lado da mesma, procurando por qualquer reação que ele viesse a ter. Um minuto se passou e nada, Hermione sabia que lagrimas de fênix faziam efeito imediato. Ela abaixou a cabeça e suspirou pesadamente quando ouviu um tose rouca. Ela pensou que fosse obra de sua imaginação e relutou um pouco para olhar pra ele, e qual não foi sua surpresa quando encontrou um par de olhos negros sobre si. Ela sorriu. - O senhor está bem professor? – a sua vontade era de agarrá-lo ali mesmo, mas ela sabia que isso era inviável. - Graças a você. – essa decididamente não era a resposta que ela esperava ouvir. A voz dele estava muito rouca, mas estava melhor do que antes, mesmo que bem pouco. - Eu, eu er... – ela não sabia o que dizer, sua voz parou de obedecer. - Hermione eu não sei... – foi a vez de ele fraquejar ao tentar se sentar. Ela rapidamente se levantou e passou um braço por debaixo dele na intenção de apoiá-lo, quando finalmente ele estava em uma posição confortável, foi a vez dela se sentar ao lado dele – Porque você fez isso? – ele a encarava dentro dos olhos. - Eu não sei dizer. – os olhos dela se encheram de lagrimas outra vez. - Para com isso. – ele não foi grosseiro, mas firme. E passou sua mão trêmula e muito gelada no rosto dele, ele enxugou suas lagrimas, ela não recuou, foi a vez dele se assustar. Uma sombra de sorriso passou pelo rosto dela, pelo dele também. Num impulso ela segurou a mão dele e a pôs sobre seu colo. - Professor... - Severo. – ele contrapôs, ela se assustou. – Você salvou minha vida – ele tentou explicar. – Alem do mais não fui seu professor esse ano. - Certo. – ele respirou fundo – Se-Severo, eu pensei que você não ia viver. - Hermione – ele a interrompeu – tem muitas coisas que eu gostaria que você soubesse. Merda – ele disse baixo, mas não baixo o bastante para que ela não ouvisse. Ela gargalhou, ele adorou ouvir aquele som. - Me desculpe – a risada parou, mas ela continuou a sorrir. - Eu fiz de tudo para que você não lutasse na guerra, mas lá foi você ao lado dos seus amigos, sempre corajosa como você é. - Por quê? - Porque eu me preocupo com você – ele fez uma pausa pra limpar a garganta – Mesmo com todas as humilhações que eu dispensava a você, eu sabia que estando em Hogwarts você estaria sempre em meu alcance. Eu ficava terrivelmente chateado por não poder dar pontos a você em minhas aulas por causa dos meus alunos filhos de comensais, isso era horrível. - Então porque me humilhava tanto? – ela queria compreender, seu coração batia descompassado, nunca em toda a vida dela ela sonhara que algum dia o temido mestre em poções fosse se abrir dessa maneira com ela. - Para te manter o mais distante possível de mim. - Não entendo. Ele não sabia como falar aquilo e num ultimo impulso ele decidiu. Soltou a mão dela, passou por detrás do pescoço da jovem e a puxou mais pra si. Saboreou a sensação das respirações tão próximas, de poder ver as pequenas riscas cor de mel dentro do castanho dos olhos dela, ele fechou os seus e sua boca foi de encontro a dela, no inicio meio tímida depois não mais. Hermione estava tanto surpresa quanto feliz, isso era mais do que ela podia esperar de Severo Snape, o que no inicio foi um beijo casto, foi se aprofundando mais e mais, ela sentia a língua dele explorar cada centímetro da boca dela enquanto ela fazia o mesmo, ela foi ao céu, esse fora o momento mais feliz da vida dela, mas parou. Quando Hermione abriu os olhos, Snape estava de cabeça baixa, evitando olhar para ela. - Eu sou um monstro, me perdoe Hermione, mas eu não pude evitar. Isso não é certo, você salva a minha vida e como eu agradeço? Agarrando você contra sua vontade. - Quem te disse que foi contra minha vontade? – ele levantou a cabeça com uma confusão visível no olhar. - Seu namoradinho, o Weasley, não vai gostar de ouvir isso. – ele não estava entendendo aonde ele queria chegar. - O Rony? Ele nunca foi meu namorado, não que ele não tivesse tentado, mas eu gosto de outra pessoa... – seu rosto ficou mais vermelho ainda. - Quem? – ele falou com raiva, ele esperava isso desde o começo. - Você. – pronto ela havia dito. Foi a vez de ela abaixar a cabeça. - Hermione, olha pra mim. – ela o fez – Que é que eu tenho pra te oferecer? - Somente você e mais nada. Eu te amo Severo Snape, nada mais do que isso. – como ela havia falado aquilo ela não sabia, certamente alguma coisa havia possuído seu corpo, essa seria a única explicação plausível. Ela pensou que ele iria beijá-la novamente quando Snape aproximou o rosto ao dela, mas isso não aconteceu. Ela sentiu um leve respiração perto de sua orelha e ouviu a tão conhecida voz de veludo falar baixinho – Eu também te amo Hermione Granger. – ela sorriu e abraçou ele quando alguém bateu na porta. - Entra – foi Hermione que respondeu. Harry entrou, mas manteve distancia. - Snape, eu acho que você merece saber que Voldemort está morto – Harry o olhou com grande respeito, enquanto Snape dirigia o olhar para o seu antebraço esquerdo, para não encontrar nada lá. Isso não passou despercebido a Harry – Nada disso teria sido possível sem a sua contribuição, me desculpe por duvidar de você. - Obrigado Potter – a atmosfera estava mais leve ali. – E parabéns por derrotar ele. Harry somente sorriu em resposta, sem um grande peso em seus ombros – Snape mais uma coisa. – ele tinha dado a mão a Hermione – Quero ser padrinho do casamento de vocês! - Potter! – Snape o chamou com ódio enquanto Harry descia as escadas correndo e Hermione gargalhava sonoramente. OooOooO Eles ainda não haviam cursado o sétimo ano, e por isso voltaram na reinauguração da escola para terminar de estudar. E hoje era o dia do baile de formatura, Hermione estava muito nervosa, pois ela como monitora chefe tinha que abrir o baile dançando a primeira valsa com seu par, pela décima vez ela se olhou no espelho procurando um defeito, mas não encontrou nada. Seu cabelo estava puxado pra trás somente nos lados, deixando a parte de trás livre caindo em uma cascata perfeita de cachos cuidadosamente modelados. Usava um par de brincos discretos, mas nem por isso eram menos belos que as outras jóias que ela usava, um colar dourado cravejados com cristais e pulseiras também douradas, mas nada muito chamativo. Seu vestido era realmente lindo, ela encomendara como modelo único na Madame Malkin e não se arrependera, ele era vermelho, com um decote em V nas costas que lhe chegava à cintura, era justo até a altura do quadril, depois se abria em uma saia mais ou menos rodada com uma lasca até a altura do joelho, na época ela achou altamente inadequado, mas Gina a convenceu a comprá-lo e ela não se arrepende disso, as sandálias, igualmente vermelhas tinham uma fita a qual se trançava até a altura de dois terços da perna, confiante ela decidiu descer para o salão principal. Snape a esperava na porta da sala comunal e ficou estupefato com a visão que atravessou a passagem atrás do quadro da mulher gorda. - Você está linda. – disse ele com um sorriso bobo estampado na cara, Hermione o cumprimentou com um beijo suave, deu o braço a ele e juntos desceram para o Salão Principal. O burburinho era geral quando eles começaram a dançar, não por eles estarem namorando, mas sim por Hermione estar estonteantemente bela. O namoro deles no inicio foi um choque é claro, mas bastou o pessoal saber que Gina estava grávida do Harry que a fofoca mudou de rumo. Eles dançaram e se divertiram e no final da festa Snape chamou Hermione para passear nos jardins da escola. A noite estava muito bonita e a lua estava no seu ápice. Eles caminhavam tranquilamente pelos jardins da escola conversando coisas triviais, Hermione estava pensando em como esse dia ficaria marcado para sempre na sua vida, e Snape, por sua vez, estava nervoso pensando em como iria pedir Hermione em casamento.
The pain consuming me,
But this time it's cut too deep,
I'll never stray again.
15 agosto 2009
October Cap.5
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