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28 setembro 2009

O Sibilo da Serpente Cap.6


O jantar mal começara e já acabara, e o desespero, sim desespero essa era a palavra, estava tomando conta de Hermione, isso já estava evidente. Era como se todos estivessem olhando para ela.

- Mione o que houve? – era a voz de Harry - Você parece estar preocupada com alguma coisa.

- É só impressão sua... – respondeu a garota vagamente, era nítido que ela estava mentido...

- Eu acho que não, mas se você tá dizendo... – e o garoto voltou a se concentrar na missão de terminar de devorar o bolo de chocolate que se encontrava na sua frente.

Hermione não conseguiu conter a incrível vontade de olhar para a mesa dos professores e quando levantou sua cabeça encontrou um par de olhos negros a estudando, ela seria capaz de se perder naqueles olhos. E em um rápido movimento como se estivesse negando algo, voltou seus olhos para a sobremesa na sua frente ainda intocada, com a face muito vermelha.

Severo Snape relutou ao admitir aquele sorriso que teimava em se formar no canto de sua boca, ele sabia que causava alguma coisa, alguma reação naquela garota, garota pensou ele, não era bem mais o termo pra definir Hermione Granger, decididamente ela não era mais uma garota, ela já era uma mulher, e muito bela por sinal, totalmente diferente daquela garotinha que entrara no salão principal há sete anos atrás, admirando a tudo e a todos. Severo recriminou-se por estar tendo aqueles pensamentos, afinal a menina (ele tinha que arranjar um jeito de voltar a vê-la daquela forma) era sua aluna e ainda por cima Grifinória, tinha que parar de se portar daquele jeito como um adolescente, coisa que já não era há muito tempo, e como de súbito levantou-se e saiu do salão principal sem ao menos desejar boa noite a ninguém.

Outra pessoa que acompanhou a cena desde o inicio era Alvo Dumbledore, que sinceramente queria entender o que se passava na sua frente, e como se acendesse umas daquelas lampadazinhas em cima da sua cabeça branca ele se permitiu um largo sorriso, intrigando Minerva McGonacal.

- O que houve Alvo?- não importava como ela queria saber o que estava acontecendo.

- Nada de importante, minha estimada Minerva, somente algumas idéias - disse o velho diretor deixando sempre aquele ar de mistério como sempre.

- Você é estranho Alvo, realmente... – falou ela bravia como esperando saber sobre a fofoca do século.

- “Velha alcoviteira” - pensou divertido o diretor sendo fuzilado pelo olhar de Minerva.
No salão comunal da Grifinória...

- Poxa Mione! – era Ronald que choramingava – Temos o tema de poções para fazer, se você não ficar aqui pra nos ajudar nós vamos nos ferrar!

- Rony, experimente uma coisa - disse a garota com raiva – deixe-me te apresentar a umas pessoas – ela remexeu sua mochila e tirou algumas coisas de lá – Ronald, esses são os livros, eles podem te ajudar a fazer sua pesquisa, esse é um caldeirão onde você pode testar alguma poção, e finalmente esses são os pergaminhos e as penas. Bom, estou saindo, tchau! – a menina saiu fechando com violência o quadro da mulher gorda, deixando um Rony perplexo para trás, e arrancando um resmungo da ocupante do quadro.

Ela parou pra pensar e se lembrou de onde estava indo, e o que estava fazendo. De repente, sentiu um vácuo no estômago e uma forte pressão na cabeça, a ultima coisa de que se lembrou foi de uma bela mulher vestida de preto da cabeça aos pés lhe estender a mão e lhe dizer:

- Que bom que te encontrei Lilith...

E um baque surdo foi ouvido no corredor seis...

Hermione acordou, não conhecia aquele lugar que estava, estava tudo muito escuro, o lugar era iluminado exclusivamente por velas, parecia que nenhuma luz entrava ali fazia no mínimo uns dois séculos. Fazia muito frio, ela puxou o cobertor para mais perto de si, tentou se erguer, mais a dor de cabeça não deixou, ela sem querer deixou escapar um gemido que foi o suficiente para despertar uma pessoa que ela não havia reparado que estava ali...

- Hermione, você está bem? – era a voz de Draco Malfoy.

- Eu não sei – a garota realmente estava confusa – onde estou?

- Hermione você... você...

- Fale de uma vez!

- Você está nas masmorras, nos aposentos do professor Snape. – o garoto parecia preocupado, Hermione se limitara a um susto , pelo menos foi o que ele percebeu – Encontrei você lá desmaiada, achei que poderia ter alguma coisa errada e decidi trazer você para cá. Esse se desmaio, tem a ver com os sonhos não tem?

- Acho que sim – a garota parecia estar totalmente aluada, os pensamentos estavam se arranjando no cérebro dela com uma lentidão anormal, foi aí que ela percebeu que o lugar que estava era na verdade a cama do professor Snape. Aquele pensamento assustou a garota, ela estava deitada na cama dele, nunca teria adivinhado algo daquele jeito, e principalmente da maneira que fora. – Draco, acho que tenho que levantar... – dava para notar o esforço da menina.

- Não espere um pouco... – ele estava se levantando.

- Estou incomodando Draco, o professor Snape deve estar dormindo sabe-se lá onde e eu aqui na cama dele - ela falou aquilo tão sem pensar que ela mesma teve dificuldade de digerir as palavras que acabara de pronunciar.

- Mione, fique calma. – apesar de sorrir, Hermione já conhecia bem o novo amigo e notou que ele estava nervoso, ou porque não dizer apreensivo? – Bom não se preocupe quanto a isso, pois o professor Snape não está dormindo mal, ele está acordado esperando você se recuperar para poder te fazer algumas perguntas... Você sabe como ele é, insistente até morrer – ele tentou sorrir ao dizer isso - e bom, ele me pediu que case você acordasse antes do amanhecer era para eu chamá-lo, mesmo que estivesse dormindo.

- Draco isso seria indelicado, imagine acordar o professor de madrugada por minha causa?
Snape já tinha notado o dialogo no quarto e se levantou para ter certeza, ouviu os comentários de Hermione, e deu um de seus famosos risinhos sarcásticos e pensou que Hermione não tinha receio de incomodar, ela estava era com medo de ficar ali, afinal era um lugar novo para ela, e para todos os alunos, exceto para o senhor Malfoy, diga-se de passagem.

- Não é incomodo nenhum, senhorita Granger - ele fazia questão de olhar para a garota diretamente nos olhos.

- Boa noite professor. – Hermione parecia realmente constrangida – Desculpe-me não deveria... – ela tentava se erguer da cama mais não conseguiu – estar aqui. – pelo tom de sua voz parecia que ela estava com uma forte dor.

- Senhorita, o que esta sentindo exatamente? – Hermione estranhou aquele tom de voz, não era de deboche, nem de sarcasmo, então, a menina pensou que, de duas uma ou ele era um excelente ator ou ele estava realmente preocupado com ela.

- Uma dor de cabeça muito forte e... – quando a menina abriu os olhos novamente Snape já não estava, mais ao lado da porta, por um instante ela pensou que ele havia ido embora, e que ela não passava de uma garota idiota que acreditou que o professor Snape fosse querer seu bem, e qual não foi sua surpresa quando o viu remexendo uns frascos no criado mudo ao lado da cama que ela estava.

- E... – ele parecia preocupado

- E um vácuo na minha barriga que parecia me puxar para algum lugar e...

– Snape olhava para ela com atenção – E eu vi, uma mulher me chamando, mas ela não dizia meu nome...

- Espere um pouco, - Snape parecia tentar encaixar as palavras da aluna a alguma coisa, Hermione notou que ele lhe deu um olhar confuso – uma mulher, em Hogwarts? Alguma aluna Srta. Granger, ou professora? – ela meneou a cabeça em um não.

- Eu só a vejo em meus sonhos. - Snape pôde notar que ela respirava pesadamente buscando forças para falar. - Estou me sentindo tão fraca, professor.

- Fale da mulher. - ele pediu com um tom de rispidez acima do desejado.

- Eu já ouvi o nome dela - ela parou para pensar. - Mas é só um sonho. - finalmente ela compreendeu. - Não é?

- Já mandei mandar falar da mulher. - ele já estava perdendo a paciencia, mas não deixava de estar preocupado.

- O nome dela é Fah.... Fahrah. 

Ele parecia atônito – Sr. Malfoy, por favor, saia.

- Mas a Hermione...

- Já não mandei sair! – ele parecia com raiva do menino – Lúcio sabe, sempre soube... – ele falou aquilo baixo, Draco estava tão assustado que não percebeu que o homem falava de seu pai, mas Hermione notou.

- Professor, o que ele sabe?

- Senhorita, temos que conversar... – ele estava receoso, Hermione nunca tinha visto seu professor assim, aquilo lhe assustou. – gostaria de saber exatamente como era a mulher que a senhorita viu?
Ele conjurou uma cadeira e acendeu mais velas deixando o ambiente das masmorras estranhamente iluminado. Finalmente Hermione pode repara o lugar que estava, era de muito bom gosto e que aquela cama que estava deitada era tão confortável que...

- Senhorita, está sentindo algo?- ela foi tirada de seus devaneios pela voz de seu professor poções.

- Estava tentando me lembrar exatamente – ela fez um ligeiro esforço – bom ela me a impressão de que eu já a vi, e que a conheço de algum lugar – ela parecia confusa - ela me dá medo, mas ao mesmo tempo segurança, como se ela estivesse me protegendo, a vida toda...

O professor Snape estava realmente atento e parecia não estar gostando muito de tudo aquilo.

- Se conseguisse, poderia me descrever essa mulher?

- Acho que consigo – ela fazia um esforço e notou que Snape segurava um frasco em uma das mãos – Professor o que é isso? – perguntou a garota interrompendo a conversa.

- Ah sim, bom é uma poção para sua dor de cabeça, bom beba isso,eu havia me esquecido completamente dela... - ele se pegou ruborizando.

- Obrigada professor.

- Pare com isso, e me diga como era a tal mulher – Hermione notou que ele parecia sem graça.

- Bom ela era alta, tinha a pele branca, não branca não, pálida tinha os olhos azuis de um jeito que eu nunca vi, é como se eles nos hipnotizassem - ele notou que o olhar dela estava focado na parede, ligeiramente vago - e da uma vontade correr até lá e ficar junto dela. Os cabelos são negros, mas, eram compridos e bonitos formavam um contraste ímpar com o tom da pele, e ela era tão bonita tão perfeita, a voz dela era tão macia – os olhos de sua aluna brilhavam, ela parecia estar encantado, era como se falasse de uma deusa – acho que ela gosta de mim.

- A senhorita está fascinada por ela não? - ela parecia estar enfeitiçada.

- Sim estou, ela é carinhosa comigo e ela me chama como se quisesse me ajudar. – ele notou que Hermione parecia se confundir – Mas ela deve ter se confundido, é uma pena.

- Como assim se confundido? - agora que ela iria lhe dar a informação mais valiosa, se fosse o que ele estivesse pensando...

- Ela não me chamava pelo meu nome, ela me chamava como era... Ah sim, ela me chamou de Lilith, sim de Lilith! Estranho não acha ?

- Isso é impossível... – ele estava boquiaberto, e saiu correndo até a porta e disse aos berros – Malfoy seu inútil! – Draco acordou em um susto e deu um pulo, se assustou com o professor gritando o seu nome.

- Fala professor, estou aqui!

- De um jeito de chamar Dumbledore aqui.- ele viu a garoto fechando os olhos como se estivesse dormindo em pé – Agora!!

O garoto saiu correndo tão desesperado que tropeçou na porta e se levantou sem ao menos olhar para trás, claro que estava apavorado, afinal seu padrinho nunca havia gritado com ele daquele jeito. Mas apavorado de verdade estava Snape, seus temores haviam se concretizado, e agora ele estava lá, metido naquela história dos pés a cabeça.




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