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28 setembro 2009

O Sibilo da Serpente Cap.7

Hermione não entendeu o porquê daquilo, Dumbledore, mais porque a presença dele, porque aquilo tudo? Ela se sentia atônita, será que fora alguma coisa que ela disse? Sua cabeça rodopiava como um peão.

- Professor, eu falei alguma coisa errada? – Snape notou que tinha assustado a menina, mas em uma situação daquelas não tinha como ficar calmo, se ficasse calmo ele seria um monstro.

– Senhorita Granger creio que, por enquanto, a senhorita deve descansar, deixe que com o diretor eu resolvo. – ele não queria ter se descontrolado na frente da aluna - A senhorita terá tudo a seu tempo. - ele resolveu sair dali, não queria dar oportunidade da garota perguntar mais alguma coisa, e para ele, era difícil negar uma resposta para ela, tinha que ser algo pensado, muito bem elaborado, não poderia falar qualquer coisa, se aquela garota tinha um defeito era a insistência, mas afinal, pensou ele, ela é uma grifinória, não é?

Quem? Ele se perguntava quem em pleno juízo ficaria esmurrando a porta do alheio quatro horas da manhã? Deveria ser alguém muito desesperado, ou com algum problema grave e aquilo foi o suficiente para tirá-lo da cama. Ele se levantou e quando abriu a porta viu um Draco Malfoy com uma estranha vermelhidão do pescoço pra cima.

- O... professor... Snape... o senhor...- ele parecia não respirar a algum tempo.

- Calma meu jovem! Respire antes de falar - Dumbledore queria dar a impressão de sério mais na verdade estava adorando tudo aquilo – Sente-se aqui – Dumbledore indicou uma cadeira com a cabeça, sentou se de frente para Draco – Agora se acalme e me fale o motivo dessa correria toda.

Draco começou a respirar e só agora reparou as vestes do diretor, ele estava com um camisão vermelho berrante de bichinhos coloridos, um gorro da mesma cor com três bolinhas na ponta, e também usava pantufas de coelhinhos amarelos. Ele se esforçou para não cair na gargalhada, e por mais que estivesse sendo influenciado pela Hermione, não pode deixar de pensar que o diretor realmente estava ficando caduco...

- Eu tinha marcado com a Hermione, para nos encontramos nas masmorras depois do jantar, ela se atrasou e, o senhor sabe que ela não age assim – ele estava de cabeça baixa – então decidi procurar por ela, achei que poderia ter acontecido alguma coisa grave...

- E presumo que o senhor não estava errado... – o diretor lhe dirigia atenção total.

- Não senhor, não estava – ele encarava o diretor agora.

- Eu fui ao grande salão, fui na biblioteca, escoltei os banheiros femininos, fui a ala hospitalar, e nada, então decidi ir até a Grifinória, - uma sombra passou pelos olhos do menino – e encontrei ela...

- E então?- o diretor já sabia a resposta de sua pergunta

- Ela estava desmaiada em frente ao quadro da mulher gorda, e então eu a peguei no colo – o garoto agora falava mais alto, ele estava muito nervoso – Eu... Eu não sabia o que fazer! – ele gaguejava – Decidi fazer o que é certo, levei a Hermione até o professor Snape. – ele falou como que esperando levar uma bronca.

O diretor reconheceu o tom de desafio na voz de seu aluno. “Bem sonserino” pensou ele.

- Senhor Malfoy, ela está bem?

- Não sei ... – a voz dele falhou ao dizer isso.

- Como o senhor não sabe?- Dumbledore agora estava realmente preocupado – Se o senhor estava com ela deveria saber!

- Bom, eu estava com Hermione até ela acordar, e quando ela acordou, eu perguntei como ela estava, se estava melhor, e porque ela desmaiou – Dumbledore pode notar a confusão nas palavras do menino – Ela começou a reclamar, estava com dificuldade para falar, ela quase não me respondia e apesar da dor de cabeça ela queria se levantar – uma sombra de sorriso passou pelos lábios do menino – ela não queria ficar ali, achou que estava incomodando...

- Entendo. – Hermione nas masmorras, uma cena rara de se ver...

- Bom, naturalmente o professor Snape ouviu nossas vozes e foi lá ver, eles começaram a conversar, ele separou uma poção, e quando Hermione começou a falar o que houve antes do desmaio, ele me colocou para fora e foi e foi... aos berros! – Draco Malfoy expressava abertamente a sua indignação pois nunca devia ter imaginado que seu protetor iria trata-lo daquela forma – Eles ficaram lá falando e de repente e me mandou vir aqui chamar o senhor,- um risinho irônico se formou no rosto do menino- aos berros também.

Dumbledore achou que não estaria vivo para ver esse momento, Severo Snape seu adorado pupilo, gritando com alunos Sonserinos, mas diga se de passagem, que as relações de Severo e Draco eram além disso...

- Bom, senhor Malfoy, irei lá com o senhor,mas antes - o diretor se permitiu um largo sorriso – tenho que me trocar, se sair assim vou ser taxado de maluco pela escola - ele piscou o olho direito para Malfoy – O senhor não concorda?

- Sim senhor diretor – "velho cenil" o garoto lhe deu um risinho azedo como resposta.

Sentado em seu escritório Severo Snape pensava em como Draco estava demorando com Dumbledore. Como era possível aquilo, será que o menino não sabia nem chamar uma pessoa com urgência, e se alguém estivesse morrendo, e se Hermione estivesse morrendo? Não, isso decididamente não iria acontecer com a garota afinal, tudo, absolutamente tudo lhe era favorável. Severo estava tão absorto em seus pensamentos que nem percebeu que Hermione estava atrás dele, ele só despertou para a presença dela, quando ouviu um barulho de vidro se espatifando no chão de sua sala.

- Hermione! – ele não sabia o porquê de sua surpresa, se era pela presença da menina ali escorada em sua mesa quase desmaiando, ou se foi pelo nome que acabara de sair da sua boca completamente sem querer – Como foi que chegou aqui? A senhorita sabe que tem que ficar deitada, afinal, não quer ser vista por aí sendo carregada por mim? - quase como um habito o tão famoso Snape irônico se materializou naquele momento fazendo a garota encarar-lhe o olhando nos olhos. Foi aí então que Severo viu se formarem duas pequenas gotas de lagrimas no canto dos olhos da garota.

- Professor... - a voz dela era baixa e fraca, ela estava esgotada, estava exposta, tinha sua mente invadida a qualquer hora, por pessoas que ELA não sabia quem eram. – Me ajude...

Ele foi em direção a sua aluna, se abaixou para entregar um lenço a ela, mas a menina sequer levantava os braços, ela lançou um olhar para ele que dizia claramente, desculpe. Ele se abaixou e se sentou do lado de sua aluna, aquilo de alguma forma estava doendo nele, uma dor que teimava em transparecer, ele pensou que uma cruciatus doeria menos do que vê-la chorar ela estava tão frágil, tão sozinha, e como em um impulso ele pegou o seu lenço e enxugou as lagrimas dela. Ele podia sentir o desespero da menina, queria poder ajudar.

- Você quer conversar?- ele falou no tom mais amigável que conseguiu naquela hora, e embora parecesse estranho, ele se importava com a menina, afinal qualquer pessoa no lugar dele faria o mesmo, quem suportaria ver uma criaturinha daquelas chorando daquele jeito. Ele procurava olhar a garota nos olhos para ver se conseguia ler a mente dela, mais ficou tão angustiado ao vê-la naquele estado que não conseguiu.

- Eu... Tenho medo... – e o que eram antes duas lagrimas se tornaram dois rios que embora silenciosos o machucavam ainda mais. – Me ajude... – e em um ato inesperado pelos dois, Hermione apoiou sua cabeça no ombro de Snape, que por um momento prendeu a respiração pensando no que fazer, ele teve vontade de joga-la para longe e de descontar pontos, mais simplesmente deixou-se levar pelos doces perfumes do cabelo de Hermione... E qual não foi sua surpresa quando se viu acariciando-os em um movimento quase automático que de vez em quando passava perto do rosto da menina...

Ela parara de chorar, estava de olhos fechados, estava dormindo, um alivio pensou ele, mas ele não pode deixar de notar um pequeno sorriso que estava nos lábios da menina, ele se pegou pensando se seria ele o motivo do sorriso, e se recriminou sacudindo a cabeça violentamente – Bom pelo menos pesadelos não está tendo. - disse o velho e sarcástico Snape.

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